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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Pronunciamento público de budistas gaúchos




O Budismo deve promover a cultura da paz

Diante de notícias veiculadas na imprensa gaúcha na semana passada sobre o caso de uma jovem que foi agredida fisicamente por três pessoas na rua, tendo o corpo riscado a canivete, conforme fotografias publicadas na mídia, e que registrou a ocorrência junto à autoridade policial; bem como diante do pronunciamento do delegado de polícia responsável pela investigação do caso, que afirmou se tratar de um símbolo budista, viemos a público explicitar nossa posição:

1 - A intenção do budismo é a promoção da cultura de paz. Nesse sentido, consequentemente, repudiamos a violência em todas as suas manifestações;

2 – A interpretação dos símbolos budistas é uma atribuição exclusiva das instituições budistas que não pode nem deve ser indevidamente apropriada por agentes públicos. No caso em questão, consideramos que a manifestação do delegado, associando a motivação da agressão a um símbolo budista, promove uma justificação religiosa que, na forma como foi expressa, induz indevidamente à violência, sendo um exercício abusivo da sua autoridade com sérias repercussões danosas ao budismo e à sociedade, induzindo a opinião pública à errônea interpretação dos fatos.

Assim, consideramos importante uma retratação pública da autoridade policial e medidas concretas do Governo do Estado em relação à omissão que vem apresentando no sentido de garantir a segurança da população no atual quadro de acirramento crescente de casos de violência neste período eleitoral.

Porto Alegre, 15 de outubro de 2018.

Monge Seikaku (Celso Marques) – membro da ordem Soto Zen - coordenador do Instituto Zen Maitreya
Joaquim Monteiro – ministro do Dharma - Honpa Honganji

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