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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Sãtya - Capítulo 142: a respeito das características do nominal.


Sãtya-siddhi-shãstra

Pergunta: de que forma podemos saber que entidades como um pote são existências nominais, não se constituindo como uma existência efetiva?

Resposta: É possível apontar para as características do nominal, não existindo características a serem apontadas na existência efetiva. Esta forma é o formato de um pote, não sendo possível falar da forma de um pote. Ou ainda, não é possível dizer que se trata de uma forma associada á sensação. Ou ainda, sendo uma lâmpada a forma de um instrumento que é refletida no contato através do calor. Os dharmas das existências efetivas não podem ser vistos desta maneira. Por que razão? A consciência não se concretiza através das diferenças. A sensação também não se constitui como sensação através das diferenças. Em função disto, podemos saber que a existência nominal é marcada pela sua instrumentalidade. Ou ainda, o nominal deriva sua existência de outros dharmas. É em função de fatores como a forma que surge um pote, um dharma efetivo não depende de outros para existir. A sensação não depende de outros dharmas para possuir consistência. Ou ainda, na maioria dos casos as existências nominais possuem uma função da mesma forma com que uma lâmpada pode tanto iluminar quanto queimar. Os dharmas que existem efetivamente não podem ser encarados desta maneira. Por que razão? A sensação não pode ser ao mesmo tempo sensação e consciência. Ou ainda, uma roda existe como um nome em meio a uma carruagem, o nome da forma não existe em meio ás coisas. Assim sendo, existem distinções como estas. Ou ainda, uma carruagem existe em função de fatores como as rodas. Não existe o nome da roda neste contexto. No entanto, em meio aos fatores da roda não existe um dharma da roda. Como é em função disto que uma roda possui consistência, podemos saber que a roda é uma existência nominal. Ou ainda, é possível falar da forma através do nome da forma. Não é possível falar de um pote através do nome de um pote. Ou ainda, a mente se movimenta em meio ao nominal sem possuir estabilidade. Quando as pessoas veem um cavalo, elas podem dizer que viram o seu rabo, ou o seu corpo, ou que viram a pele ou os pelos do cavalo. Ou ainda, podem dizer que ouviram o som dos seus cascos. Pode ouvir o som da sela ou da corda. Ou podem sentir o aroma de uma flor ou diversos outros aromas. Podem sentir o sabor ou o aroma de uma coalhada. Ou podem dizer que tocaram em uma pessoa, em seu corpo ou em seu ombro. Ou podem tocar em sua mão ou em seus dedos, a consciência atua em meio aos seres sensíveis. O corpo e a mente se constituem como os seres sensíveis. Assim são os seres sensíveis. A forma pode se constituir como um pote, mas ela é distinta de um pote. A mente não oscila entre esses dharmas efetivamente existentes. Não posso dizer que vejo a forma da mesma maneira com que ouço os sons. Ou ainda, existe aquilo que não pode ser objeto de discurso. Este é o nominal expresso em entidades como um pote. Devemos saber que um pote é uma existência nominal. Por que razão? Os dharmas como a forma não são inexpressáveis enquanto objetos de discurso. Ou ainda, as características de dharmas como a forma podem tornar-se objetos de discurso. Não é possível falar das características de um pote. Em função disto, ele se constitui como uma existência nominal. Ou ainda é possível falar das características da forma: estas características não existem no nominal. Conforme é ensinado nos Sutras, o carma é a característica tanto daqueles que conhecem quanto daqueles que não conhecem. Caso sejam suscitados os Carmas saudáveis do corpo, da fala e da mente a isto chamamos de aqueles que sabem, caso sejam suscitados os carmas não saudáveis do corpo, da fala e da mente a isto chamamos de aqueles que não sabem. Os carmas corporais e verbais se apoiam nos quatro elementos, o carma da mente se apoia na consciência. Por que razão estes três eventos são chamados de características dos que sabem e dos que não sabem? Em função disto, podemos saber que o nominal não possui uma característica própria. Ou ainda, mesmo que a característica do nominal exista em algum outro lugar, ela não é idêntica. É como quando se fala que quando as pessoas estão sujeitas ao sofrimento existe uma percepção em suas mentes. Esta é a característica da forma. Ou ainda, a sensação é a característica da sensação. Ou esta ainda é ensinada em meio aos humanos. Conforme é ensinado pelo Buddha, os Sábios e os ignorantes recebem conjuntamente a dor e a alegria. No entanto, o Sábio não faz surgir a cobiça ou o ódio em meio á dor e á alegria, mantendo seu equilíbrio em maior ou menor grau. A característica aqui referida é a característica da sensação. Ou ainda ensina que em meio aos humanos eu vejo a luz ou a atividade da forma. Está sujeito á característica das formações volitivas. Ou ainda se ensina que em meio aos humanos uma pessoa exerce a atividade dos benefícios, as ações perversas e a não atividade. A consciência é considerada aqui a característica da consciência. Ou ainda se ensina em meio aos humanos que um Sábio conhece dharmas da consciência como os sabores através de sua língua. Em função disto, ele ainda se refere a múltiplas características em lugares distintos. É esta a característica do nominal. A característica de fatores como a forma não possui uma diversidade de características nos demais locais. Ou ainda, esta seria uma existência nominal em relação a todos os dharmas dos kleshas. Os dharmas que existem efetivamente não precisam de apoios. São eles que proporcionam o suporte da existência de uma pessoa. Ou ainda, não ocorre o surgimento do discernimento em meio ao nominal. Conforme foi dito anteriormente, o discernimento surge em função de fatores como a forma. No entanto, em um instante posterior ele pode ver um pote da mesma forma que uma pessoa ao suscitar o discernimento incorreto. Ou ainda, mesmo em relação a um pote é possível discernir a forma que o constitui. Por que razão? Porque é possível falar de um pote em função de fatores como como os cheiros, o sabor e o olfato que o constituem. Os dharmas efetivamente existentes não são constituídos por outros fatores. Ou ainda, a dúvida-hesitação surge em meio ao nominal.

Pergunta: existe ainda a dúvida em meio á Verdade da extinção: ocorrerá ou não a extinção?

Resposta: é possível que surjam dúvidas em meio ao apego, mas não na Verdade da extinção. Se ouvimos que existe o apego ainda se torna possível apegar-se á inexistência da extinção. Podem surgir aí dúvidas a respeito de sua existência ou não existência. Isto ocorre com as pessoas que ainda não realizaram a visão da extinção. Por que razão? Caso ocorra a visão da Verdade da extinção não surge a dúvida novamente. Em função disto, podemos afirmar que a dúvida existe em meio ao nominal. Ou ainda, é possível surgirem múltiplas consciências em meio a um único objeto. Na existência nominal existem objetos como um pote. Não é desta forma no que diz respeito aos dharmas efetivamente existentes. Por que razão? Na forma não existem consciências como a auditiva. Ou ainda, aquilo que implica em diversas entradas é nominal da mesma forma que um pote. Em função disto a existência da pessoa possui um caráter nominal abarcado em quatro entradas. Os dharmas efetivamente existentes não podem ser abarcados em múltiplas entradas. Ou ainda, se não existir a substância deve existir a atividade. Assim é a existência nominal. A atividade da pessoa e de seu carma não podem ser conhecidos. Ou ainda, o discernimento se dá em função de fatores específicos como a ira. Todos eles são de caráter nominal, não se constituindo como um dharma efetivamente existente. Por que razão? Porque a configuração da ira não surge diretamente de dharmas como a forma. Ou ainda, existem eventos como o surgimento e a extinção. Todos eles são de caráter nominal não se constituindo como dharmas efetivamente existentes. Por que razão? Porque os dharmas efetivamente existentes não podem ser extintos ou desfeitos. Ou ainda, as retribuições cármicas são todas existências nominais. Por que razão? Porque atos como o assassinato ou o abandono do assassinato não são existências efetivas. Ou ainda, as existências nominais possuem todas características como as de serem leves ou pesadas, longas ou curtas, pequenas ou grandes, Mestre e discípulo, pai e filho, senhor e servo. Os dharmas efetivamente existentes não se constituem desta forma. Por que razão? Sua forma não possui diversas características como as do som. Ou ainda, aquilo que pode ser decomposto é uma existência nominal. Decompor uma floresta a partir de uma árvore é como decompor uma árvore a partir de suas sementes. Podemos decompor a semente através da análise de fatores como a forma. Se ele puder ser decomposto em função do vazio trata-se de uma existência efetiva, se for algo que pode ser decomposto a partir de fatores como a forma trata-se de uma existência nominal. Aquilo que se dá em concordância com a negação do ãtman é um dharma efetivamente existente. Ou existem ainda quatro teorias. A primeira delas é a da identidade, a segunda é a diferença, a terceira é a inefabilidade, a quarta é a não existência, Todas estas teorias são falhas. Em função disto podemos saber que um pote é uma existência nominal. Na primeira destas teorias os fatores como o sabor, o cheiro e o contato são o pote. Na teoria da diferença existe um pote separado destes fatores. Na inefabilidade se afirma que não é possível falar do pote a partir de fatores como a forma. Existe um pote separado da forma. A não existência afirma que não existe o pote. Como nenhuma destas teorias possui consistência, sabemos que o pote é uma existência nominal.

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